Uma das perguntas mais frequentes e intrigantes em psicologia é se as pessoas podem mudar. No entanto, a dúvida não deve se limitar a saber se as pessoas podem mudar, mas se elas realmente mudam.
A verdade é que a maioria de nós não é boa em autoconsciência. A autoconsciência é o quanto somos conscientes de nosso próprio comportamento, motivações e sentimentos e conscientes também do efeito que isso tudo produz nos outros.
Normalmente superestimamos nosso desempenho, nossas habilidades e, inclusive, nossa saúde.
Pesquisadores acreditam que apenas entre 10 e 15% das pessoas são realmente autoconscientes. Surpreendente, não é?
Considerando esse fato, apenas algumas poucas pessoas nascem autoconscientes ou aprendem a fazer uma auto avaliação acurada sobre si mesmas. Como resultado, essas pessoas vão se desempenhar melhor. Evidências científicas apontam que aqueles que se avaliam de maneira alinhada com a avaliação que terceiros fazem deles tendem a ser pessoas de alta performance.
Talento tem muito a ver com autoconhecimento, uma vez que, se eu me conheço bem desde cedo, terei mais tempo e oportunidades de me desenvolver e evoluir naquilo que gosto e escolhi, em comparação com aqueles que não sabem ao certo o que querem e levam um tempo precioso tentando encontrar respostas.
“O talento está nas escolhas.” – Robert de Niro
Mas as pessoas podem realmente se desenvolver? Acredita-se que insights e feedback são a principal força para mudança e desenvolvimento pessoal. Sem feedback, não se tem consciência sobre a necessidade de mudança. Embora personalidade e valores sejam estáveis, eles ditam como e por que as pessoas mudam, respectivamente. Pode-se desencadear mudanças pedindo que uma pessoa faça algo que seja congruente com seu estilo natural (personalidade) e a motivando de acordo com suas principais crenças (valores). É preciso ser muito claro nisso, e é aí que feedback tem muita importância.
Por um lado, o feedback pode ser impactante, útil e construtivo. Por outro lado, pode ser tendencioso e causar consequências negativas. Portanto, uma ferramenta cientificamente validada que ofereça feedback de maneira engajadora pode vir a ser uma solução eficaz para o coaching. Afinal, o coaching se baseia na ideia de que, por meio de feedback assertivo e de trabalho dedicado, é possível mudar o comportamento de qualquer pessoa. Aqui a ciência se faz fundamental, e o suporte de empresas especializadas faz a diferença nos resultados alcançados.
Ciência, não intuição
Além da autoconsciência, as mudanças dependem de motivação e de um terceiro fator: o hábito. Somos criaturas de hábitos. Hábitos levam tempo para se formar e muito mais tempo para se romperem e serem substituídos. Na medida em que vamos envelhecendo (e tendo sucesso), vamos caindo em um modo de vida do tipo “piloto automático” em que decisões e escolhas comportamentais vão sendo feitas de maneira instintiva.
Por mais de 100 anos, psicólogos vêm desenvolvendo uma ampla variedade de testes de personalidade que descrevem, explicam e preveem comportamento humano. Esse tipo de ferramenta ajuda as pessoas a desenvolver a autoconsciência, ou seja, a se enxergar como são; a entender seus pontos fortes e de risco e, à luz da ciência da personalidade, entender melhor as pessoas à sua volta. Com esse primeiro passo, as pessoas podem promover micro mudanças em certos hábitos e comportamentos, o que resultará em melhorias.
Portanto, se você é, de fato, uma pessoa curiosa, humilde e ávida em aprender, você já deve dominar a arte de solicitar feedbacks honestos e fazer o melhor com essa informação valiosa. No outro extremo, haverá as pessoas arrogantes, narcisistas e defensivas. Elas não apenas vão se esconder das oportunidades de receber feedbacks, mas também vão estar imunes quando isso acontecer. São pessoas que podem ser chamadas “un-coachables”.
Aos curiosos e humildes, espero conhecê-los em breve em nossa versão mais recente e melhorada!