Um bom currículo pode até impressionar, mas não é o bastante para convencer e garantir uma carreira de sucesso
Empresas definem, na descrição da vaga, os pré-requisitos que buscam nos candidatos: experiência profissional, idioma estrangeiro, competências técnicas, etc. Mas os requisitos não param por aí. Por melhor que seja o currículo de um candidato, recrutadores também buscam habilidades comportamentais, também conhecidas como soft skills. Elas são fundamentais para uma carreira de sucesso: desde o momento da contratação até a conquista de altos cargos de liderança.
Essas habilidades sempre foram importantes para o crescimento profissional, embora durante muito tempo tenham sido pouco mencionadas. No entanto, certas competências se tornaram cruciais para os líderes de hoje e do futuro e, por consequência, o assunto tem ganhado mais atenção.
O mercado não está mais de olho apenas no que você sabe fazer, mas em quem você é e naquilo que você acredita.
Segundo a pesquisa “The Future of Jobs Report 2020”, do World Economic Forum, recentemente publicada, nos próximos cinco anos as soft skills continuarão sendo decisivas.
De acordo com o ranking, no Brasil, as top 10 habilidades mais buscadas serão, respectivamente:
- Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem;
- Pensamento analítico e inovação;
- Criatividade, originalidade e iniciativa;
- Liderança e influência social;
- Inteligência emocional;
- Pensamento crítico e capacidade de análise;
- Solução de problemas complexos;
- Resiliência, tolerância ao stress e flexibilidade;
- Design tecnológico e programação;
- Orientação para serviços.
No Brasil, cerca de 136 milhões de profissionais fazem parte da PEA (população economicamente ativa). Este ano, com a pandemia de Covid-19, muitos desses profissionais tiveram que se adaptar a novas formas de trabalho, com mudanças significativas em suas rotinas, o que causou, por exemplo, a aceleração da digitalização do trabalho, da automação de tarefas e das oportunidades de trabalho remoto.
Fonte: “The Future of Jobs Report 2020”, do World Economic Forum.
A pesquisa leva à reflexão não apenas sobre as competências requisitadas hoje e daqui a cinco anos, mas também sobre a necessidade de constante adaptação ao mercado de trabalho e às suas necessidades.
É válido destacar que, na maioria dos casos, as habilidades comportamentais exigidas pelas empresas se correlacionam diretamente com as atribuições de cada função e com a cultura organizacional da empresa.
Outro ponto relevante a ser ressaltado é que apesar de pesquisas apontarem tendências para as soft skills mais desejadas pelas organizações atualmente, a ciência sugere que um grau moderado de diversidade cognitiva é determinante para promover uma maior colaboração em equipe, melhorar a comunicação entre pares, induzir a criatividade, fomentar a inovação dentro da empresa e, por fim, transformar líderes em profissionais mais empáticos, conscientes e inclusivos.
Dessa forma, para as empresas continuarem crescendo e gerando valor para todos os seus stakeholders, é necessário que haja uma abordagem que não se restrinja ao desenvolvimento apenas de altos executivos. O uso de ferramentas e de metodologias cientificamente comprovadas que promovem o autoconhecimento em escala e fornecem oportunidades de desenvolvimento personalizado ajudará qualquer profissional a crescer e a prosperar em sua carreira.
Também é fundamental que seja feita a estruturação de programas de recrutamento e seleção e de programas de desenvolvimento assertivos, eficazes e direcionados a buscar, reter e desenvolver profissionais competentes. É válido reiterar que o desenvolvimento de profissionais não deve se restringir às capacidades técnicas, mas deve incluir as habilidades comportamentais, conforme as necessidades estratégicas do negócio.
Para avançar na estruturação desses programas, muitas empresas têm buscado o apoio de consultorias especializadas em avaliações de habilidades comportamentais. Nesse campo, uma das metodologias mais modernas e confiáveis para avaliação e interpretação de personalidade é o modelo Big Five.
Por meio da aplicação desse modelo, as organizações conseguem identificar as cinco dimensões de personalidade de seus colaboradores. São elas: agradabilidade, conscienciosidade, extroversão, abertura e estabilidade emocional. Cada dimensão descreve um conjunto de forças, riscos e preferências comportamentais que são essenciais para a força de trabalho moderna.
A Insigna, consultoria de recursos humanos especializada em avaliações de habilidades comportamentais elaboradas com rigor científico e resultados comprovados, oferece The Core Drivers Diagnostic que mapeia diretamente as cinco dimensões do Big Five. Por meio dessa avaliação, é possível revelar, de maneira acurada, insights pessoais que ajudam o crescimento pessoal de indivíduos, a formação de equipes colaborativas e o direcionamento da força de trabalho de uma organização para a inovação.
Por fim, com a pandemia, a instabilidade econômica global, a polarização política e tantos outros desafios aos quais a sociedade brasileira e as empresas foram submetidas em 2020, um conceito ficou mais claro do que nunca: o valor dos colaboradores e uma visão diferenciada para a formação de equipes talentosas.
Angela Coy
Diretora e fundadora da Insigna